segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Um ícone nerd cria a Adamantium Sword

Assim como todo homem moderno precisa de um ídolo como Brian Fareham, todo nerd precisa de uma figura para reverenciar, um mártir que se sacrificou pela cultura HQ-filmes-RPG-games, um grande exemplo da capacidade de superar qualquer feito quase inútil da humanidade, em outras palavras, um ícone da nerdice extrema.

Sir Terry Pratchett é um escritor de livros de fantasia que já vendeu mais de 65 milhões de cópias traduzidas em 37 línguas e que estão entre as suas obras mais famosas a série humorística Discworld e Belas Maldições, escrito junto com Neil Gaiman. Em 2009 ele ganhou o título de cavaleiro da Ordem do Império Britânico e, assim como todo bom cavaleiro, disse que queria fazer sua própria espada. Mas, porém, entretanto, contudo, todavia, simplesmente comprar a espada já feita é algo que os fracos fazem, e pedir para um ferreiro fabricá-la não tornará essa espada verdadeiramente dele. Por isso, com a ajuda de um amigo especialista em técnicas antigas da fabricação de metal, ele coletou um punhado de minério (81 kg) e o transformou em barras nos fundos de casa (uma coisa que me impressionou foi o método root que o cara utilizou, um forno construído com argila e palha e alimentado por estrume – vulgo bosta – ainda úmido de ovelhas).

Se não bastasse isso, ele derreteu, junto com o metal, pedaços de meteoritos:

“Vários pedaços de meteoritos - thunderbolt iron, sabe? - altamente mágico, você precisa colocar junto, quer você acredite ou não.”

Após alguns dias, levou o material para ser fundido e para se moldar a espada, finalizada com prata. Um detalhe importante e que me fez achá-lo um badass é que, aos 65 anos, Terry Pratchett sofre de um estágio inicial do mal de Alzheimer.

O autor guarda a espada em um local que apenas ele conhece, pois teme que as autoridades queiram levá-la:
“Irrita-me que os cavaleiros não estão autorizados a carregar as suas espadas.”

Algo que eu também acho uma idiotice, todo cavaleiro britânico deveria portar sua espada, inclusive em viagens internacionais, já imaginou? "Terrorista à bordo, terrorista à bordo - Ah socorro, meu Deus, vamos morrer. - Nada tema, defendê-los-ei." Aí vai e corta a cabeça do terrorista com sua espada de prata e meteoritos. Doidemais.

Uma pergunta que fica é: Se ele guarda a espada em um lugar que só ele sabe e tem Alzheimer, como daqui um tempo ele se lembrará onde a colocou?

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